segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Encontrar a musa

Aqui estão trechos de um texto escrito em 2008 por Lucidos Flores, nossa musa de hoje.

Em nossa senda sagrada tenho falado a respeito da proximidade do Mestre que inspira. E, se o discípulo está atento, aspira esta inspiração, e as velas da alma se enchem de idéias brilhantes, de emoções gozosas e de sensações de beleza e de piedade. A proximidade com o Mestre dá poder para ser inocente, frugal. Esta inspiração é o meio através do qual os devas e os mestres substituem a matéria densa por matéria radiante. Também falamos de permeabilidade: se a percepção íntima não está permeável, é inútil que o Mestre, Anael, Lucidor ou a energia do grupo sopre, pois o coração sensível do discípulo se encontra fechado, impermeável.

De tudo isso que foi falado entende-se que: É preciso estar atento, com mente, emoção e sensação. É necessário estar permeável, para isto, é necessário, frugalidade, desintoxicação e elegância vibracional. É imprescindível estar aberto, sensivel, humilde. E, por último, é preciso atrair a atenção do mestre, dos devas, do Alto. (...)

Mas existe em todo este processo de inspiração, um elemento fundamental, que os antigos chamaram de Musa e tenho descoberto estes infinitamente belíssimos devas, por pesquisa esotérica, observando persistentemente o plano etérico nos momentos de íntima e vigorosa inspiração.

Na antiguidade era impensável que a poesia, a obra essencial profunda, viesse de um ser humano mortal, mas sim viesse da inspiração das musas. Estas eram na tradição grega em número de 9, desde a época clássica, se impõe a cifra de nove, admitindo-se geralmente a lista que segue: Calíope, a primeira de todas, em dignidade, e depois: Clío, Polimnia, Euterpe, Terpsícore, Erato, Melpómene, Talía e Urania. Paulatinamente a cada uma foi-se atribuindo uma função determinada. A Calíope foi atribuída a poesia épica; a Clío, a história; a Polimnia, a pantomima; a Euterpe, a flauta; a Terpsícore, a poesia ligeira e a dança; a Erato, a lírica coral; a Melpómene, a tragédia; a Talía, a comédia; a Urania, a astronomia.

E na tradição druida européia e ameríndia foram 3, estas musas, viviam nuas, cantando na fonte da vida, e só cantavam no coração dos livres e benditos.

Logo, com o advento da idade dourada e a decadência nesta idade obscura, as musas desapareceram e deram lugar a esta musa terrível que se chama FAMA. Segundo Virgílio, ela vive em um templo de bronze que amplifica os aplausos. A inspiração, à medida que a musa cinza da razão foi-se impondo, foi sendo explicada, mas não diluída, só que a humanidade esqueceu do vínculo significativo com ela. E assim surgiram as explicações de Freud que diz que a inspiração vem do inconsciente, e pode dever-se a algum tipo de neurose. Ao final de sua vida, Freud explicou que não entendia bem a inspiração.

O certo é que as Musas estão dançando em nosso ser e neste espaço etérico que nos rodeia e às vezes são mexidas só quando namoramos, um estado de abertura e de sensibilidade em que os devas mais elevados nos banham em inspiração, coragem e humanidade. (...)

As musas são devas do mais elevado nível, que contém todos os segredos em idioma zenzar . E vou-lhes contar um segredinho: este idioma que só os iniciados podem ler é, na realidade, a poesia de Deus. Durante anos tenho falado, amados, e o farei até o último suspiro, esse que me levará a Ele, falarei, inspirarei, te empurrarei a que te abras a luz da musa. A musa usa de todas as situações, as músicas, as pessoas ou ds livros, para irradiar sua essência florida, cheirosa, leve. Sente, querido, sente o dançar das musas.

Amados, o que espanta as musas?A superficialidade, a vaidade, a soberba, a rigidez. A falta de elegância espiritual, e a cegueira da incredulidade. Assim, teconvido a que te permitas, te autorizes a dança da musa em tua vida.(...) Pobre é o ser humano sem musa. Na antiguidade, falaram que estes seres eram só mortais, ou seja não tinham transcendência.

Começo com este tema, para que vocês, meus amados, abram-se para sentir a inspiração de nosso Mestre e musa, de sua Shakti e musa, dos devas musas, deste lar maravilhoso que é a musa mais bonita que podes
encontrar. (...). Desde o inocente coração, encontremos não idéias maso musas. Sim, abra-te a conectar e descobrir tuas musas. Geralmente as musas chegam com situações belas que visitam ao habitante cósmico dentro de nós, e assim fluem as mais maravilhosas idéias e percepções.

(...) No se perdam as musas, não te confundas com tua gula por objetos materiais, não te confundas com
tua insaciável sede de objetos, abre-te à infinita graça de Deus, e que as musas dancem em teu coração. (...) Sente como dança com seus pés de lótus... sente como sopram esperança em teu coração... sente, danças?  Que dancem as musas e que a beleza e o amor corram livres por esta Pachamama!!! 

Esperando a musa, inocente e eufórico,
Lucidor

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