domingo, 30 de janeiro de 2011

ANGELUS!

Mira, Platero, qué de rosas caen por todas partes: rosas azules, rosas, blancas, sin color... Diríase que el cielo se deshace em rosas. Mira cómo se llenan de rosas la frente, los hombros, las manos... Qué haré yo com tantas rosas?

Sabes tú, quizás, de dónde es esta blanda flora, que yo no sé de dónde es, que enternece, cada dia, el paisaje y lo deja dulcemente rosado, blanco y celeste - más rosas, más rosas-, como un cuadro de Fra Angélico, el que pintaba la gloria de rodillas.

De las siete galerías del Paraíso se creyera que tiran rosas a la tierra. Cual en una nevada tibia y vagamente colorida, se quedan las rosas en la torre, en el tejado, en los árboles. Mira: todo lo fuerte se hace, con su adorno, delicado. Más rosas, más rosas, más rosas...

Parece, Platero, mientras suena el Ángelus, que esta vida nuestra pierde su fuerza cotidiana, y que outra fuerza de adentro, más altiva, más constante y más pura, hace que todo, como en surtidores de gracia, suba a las estrellas que se encienden ya entre las rosas... Más rosas... Tus ojos, que tú no ves, Platero, y que alzas mansamente al cielo, son dos bellas rosas.*



* Trecho de Platero y yo, do escritor espanhol Juan Ramón Jiménez Mantecón. Dica e fotografia de Amrita Iriarte.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

My sweet lord

Hoje quem divide conosco sua musa é Amrita Iriarte. Desfrutemos!


É um momento único onde grandes estrelas da música popular reuniram-se. Só assistindo – e aumentando o som. Observem que quando o cantor exprime um aumento de sua manifestação, entram os baixos e dão o apoio que ajudam sobremaneira o fervor do apelo: Oh my lord!

Trata-se da interpretação da canção My Sweet Lord de George Harrison realizada por um grupo de excelentes músicos, todos amigos de George. Este concerto foi em sua homenagem, dois anos depois de sua morte. Na guitarra acústica Eric Clapton, na guitarra elétrica o filho de George Harrison (a cara do pai), ao piano Paul McCartney, na primera bateria Ringo Star, na segunda bateria Phill Collins, e na segunda guitarra elétrica Tom Petty, ao órgão e interpretando a primeira voz o incrí­vel Billy Preston. Entre as vocalistas do coro esta Linda Eastman, esposa de Paul McCartney. Também estavam presentes nesse concerto: Bob Dylan, Ravi Shankar, Jethro Tull e um número enorme de amigos e colegas dos Beatles, assim como todo grupo 'The Cream' de Eric Clapton. Todos um pouco gordos e enrrugados, mas encarnando o melhor do melhor, representativo dos anos 70. Billy Preston chegou a ser conhecido como o quinto Beatle; foi ele que sempre tocou o piano e o órgão em todas as gravações dos Beatles. Maravilhoso!!!


My sweet lord
Hm, my lord
Hm, my lord

I really want to see you
Really want to be with you
Really want to see you lord
But it takes so long, my lord

My sweet lord
Hm, my lord
Hm, my lord

I really want to know you
Really want to go with you
Really want to show you lord
That it won't take long, my lord (hallelujah)

My sweet lord (hallelujah)
Hm, my lord (hallelujah)
My sweet lord (hallelujah)

I really want to see you
Really want to see you
Really want to see you, lord
Really want to see you, lord
But it takes so long, my lord (hallelujah)

My sweet lord (hallelujah)
Hm, my lord (hallelujah)
My, my, my lord (hallelujah)

I really want to know you (hallelujah)
Really want to go with you (hallelujah)
Really want to show you lord (aaah)
That it won't take long, my lord (hallelujah)

Hmm (hallelujah)
My sweet lord (hallelujah)
My, my, lord (hallelujah)

Hm, my lord (hare krishna)
My, my, my lord (hare krishna)
Oh hm, my sweet lord (krishna, krishna)
Oh-uuh-uh (hare hare)

Now, I really want to see you (hare rama)
Really want to be with you (hare rama)
Really want to see you lord (aaah)
But it takes so long, my lord (hallelujah)

Hm, my lord (hallelujah)
My, my, my lord (hare krishna)
My sweet lord (hare krishna)
My sweet lord (krishna krishna)
My lord (hare hare)
Hm, hm (Gurur Brahma)
Hm, hm (Gurur Vishnu)
Hm, hm (Gurur Devo)
Hm, hm (Maheshwara)
My sweet lord (Gurur Sakshaat)
My sweet lord (Parabrahma)
My, my, my lord (Tasmayi Shree)
My, my, my, my lord (Guruve Namah)
My sweet lord (Hare Rama)


(hare krishna)
My sweet lord (hare krishna)
My sweet lord (krishna krishna)
My lord (hare hare)

Arte Naif na Mística Andina


Nos 21 dias de um grande amor, tive a intuição de que a arte naif estava no Brasil, e que tinha que ser divulgada... e escrevi esses 21 dias na cidade de Fortaleza, e ao atardecer caminhava pela beira-mar e via os artistas e seus quadros, ah... como me deleitava sua arte.
Assim, surgiu uma pesquisa entre os artistas, e conseguimos um pintor, Manuel Neto, que entendeu a ideia, e fez um quadro com uma grande arte...
ah... queridos, que percepção tão maravilhosa produz na consciência deixar-se invadir pelas cores de um quadro, ou pelas maravilhosas palavras de uma poesia... ou deixar-se levar pelas melodias de uma boa musica.......
e o Mestre do Coração está aqui amando, e irradiando a percepção da beleza neste agora...
lucidor

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

...a pintura Naif no Brasil!




O adjetivo naif é o mais empregado para o gênero de pintura chamado também de ingênuo e às vezes primitiva (no Brasil). Na época em que foi lançado, o termo naif era um apelido, como em outras épocas, os pintores foram chamados de impressionistas, cubistas, futuristas, etc...
"... são os poetas anarquistas do pincel"
Os naifs, em geral, são autodidatas e sua pintura não é ligada a nenhuma escola ou tendência. Essa é a força desses artistas que podem pintar sem regras, nem constrangimentos. Podem ousar tudo. São os "poetas anarquistas do pincel".
Quem são os pintores naifs?
Ser naif é um estado de espírito que leva a uma maneira toda pessoal de pintar. Podemos encontrar pintores naifs entre sapateiros, carteiros, donas de casa, médicos, jornalistas e diplomatas. A arte naif transcende o que se convencionou chamar de arte popular.
O Brasil junto com a França, a ex-Iugoslávia, o Haiti e a Itália, é um dos "cinco grandes " da arte naif no mundo. Um grande número de obras de pintores naifs brasileiros faz parte do acervo dos principais museus de arte naif existentes no mundo.
Os quadros de naifs brasileiros são reproduzidos nos mais importantes livros estrangeiros sobre arte naif.
Acordo lentamente
Sem entender porque acordei
Pisco os olhos
Lentamente
O cabeção duro e cheio...está parecendo vazio
Um cheiro está
dentro do quarto..
o vento fala lá fora
o cheiro aumenta
e a mente quieta
experimenta
a brisa doce de violeta
de onde vem?
Não sei...
Apenas passa e deixa
Seu rastro como que
De um presente...
Deixando como recado:
Sente!
Escrevi, amoleci e dormi....

Amankay Sandoval – 22/01/2011 às 3:30 da manhã

o aduaneiro

Encantador de serpentes, 1907, óleo sobre tela.
O pintor Henri Rousseau (1844-1910) era conhecido como "o aduaneiro" pelo seu trabalho na alfândega de Paris. Aos domingos, se dedicava à pintura, sem ter recebido qualquer formação artística. Mais tarde, ele mesmo se tornaria professor numa escola de artes. Mesmo sem ter tido seu trabalho reconhecido em vida, marcou a história da arte moderna.
Devido ao seu período de atuação, foi listado pelos historiadores ao lado de Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec e Cézanne na escola do pós-Impressionismo. Hoje seu trabalho é considerado naïf, um estilo que não é de determinada época da história, mas que permeia as gerações. Arte naïf ou arte primitiva moderna é o trabalho que geralmente é feito por pessoas sem estudo formal de artes, que não se preocupa com proporcionalidade nos desenhos nem com perspectiva perfeita.

O sonho, 1910, óleo sobre tela


Muitas das telas de Rousseau trazem paisagens na floresta e a exuberância da natureza fantástica. Percebam cada rico detalhe! Como ele comunica esse encanto da magia ousada de Pachamama. Para ver os quadros bem grandões, é só clicar neles.

Hoje podemos associar suas imagens a tendências antecipadas da pop arte dos anos 1960, um artista visionário. E traçar um paralelo com a obra do artista-cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul, também recomendadíssimo!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Encontrar a musa

Aqui estão trechos de um texto escrito em 2008 por Lucidos Flores, nossa musa de hoje.

Em nossa senda sagrada tenho falado a respeito da proximidade do Mestre que inspira. E, se o discípulo está atento, aspira esta inspiração, e as velas da alma se enchem de idéias brilhantes, de emoções gozosas e de sensações de beleza e de piedade. A proximidade com o Mestre dá poder para ser inocente, frugal. Esta inspiração é o meio através do qual os devas e os mestres substituem a matéria densa por matéria radiante. Também falamos de permeabilidade: se a percepção íntima não está permeável, é inútil que o Mestre, Anael, Lucidor ou a energia do grupo sopre, pois o coração sensível do discípulo se encontra fechado, impermeável.

De tudo isso que foi falado entende-se que: É preciso estar atento, com mente, emoção e sensação. É necessário estar permeável, para isto, é necessário, frugalidade, desintoxicação e elegância vibracional. É imprescindível estar aberto, sensivel, humilde. E, por último, é preciso atrair a atenção do mestre, dos devas, do Alto. (...)

Mas existe em todo este processo de inspiração, um elemento fundamental, que os antigos chamaram de Musa e tenho descoberto estes infinitamente belíssimos devas, por pesquisa esotérica, observando persistentemente o plano etérico nos momentos de íntima e vigorosa inspiração.

Na antiguidade era impensável que a poesia, a obra essencial profunda, viesse de um ser humano mortal, mas sim viesse da inspiração das musas. Estas eram na tradição grega em número de 9, desde a época clássica, se impõe a cifra de nove, admitindo-se geralmente a lista que segue: Calíope, a primeira de todas, em dignidade, e depois: Clío, Polimnia, Euterpe, Terpsícore, Erato, Melpómene, Talía e Urania. Paulatinamente a cada uma foi-se atribuindo uma função determinada. A Calíope foi atribuída a poesia épica; a Clío, a história; a Polimnia, a pantomima; a Euterpe, a flauta; a Terpsícore, a poesia ligeira e a dança; a Erato, a lírica coral; a Melpómene, a tragédia; a Talía, a comédia; a Urania, a astronomia.

E na tradição druida européia e ameríndia foram 3, estas musas, viviam nuas, cantando na fonte da vida, e só cantavam no coração dos livres e benditos.

Logo, com o advento da idade dourada e a decadência nesta idade obscura, as musas desapareceram e deram lugar a esta musa terrível que se chama FAMA. Segundo Virgílio, ela vive em um templo de bronze que amplifica os aplausos. A inspiração, à medida que a musa cinza da razão foi-se impondo, foi sendo explicada, mas não diluída, só que a humanidade esqueceu do vínculo significativo com ela. E assim surgiram as explicações de Freud que diz que a inspiração vem do inconsciente, e pode dever-se a algum tipo de neurose. Ao final de sua vida, Freud explicou que não entendia bem a inspiração.

O certo é que as Musas estão dançando em nosso ser e neste espaço etérico que nos rodeia e às vezes são mexidas só quando namoramos, um estado de abertura e de sensibilidade em que os devas mais elevados nos banham em inspiração, coragem e humanidade. (...)

As musas são devas do mais elevado nível, que contém todos os segredos em idioma zenzar . E vou-lhes contar um segredinho: este idioma que só os iniciados podem ler é, na realidade, a poesia de Deus. Durante anos tenho falado, amados, e o farei até o último suspiro, esse que me levará a Ele, falarei, inspirarei, te empurrarei a que te abras a luz da musa. A musa usa de todas as situações, as músicas, as pessoas ou ds livros, para irradiar sua essência florida, cheirosa, leve. Sente, querido, sente o dançar das musas.

Amados, o que espanta as musas?A superficialidade, a vaidade, a soberba, a rigidez. A falta de elegância espiritual, e a cegueira da incredulidade. Assim, teconvido a que te permitas, te autorizes a dança da musa em tua vida.(...) Pobre é o ser humano sem musa. Na antiguidade, falaram que estes seres eram só mortais, ou seja não tinham transcendência.

Começo com este tema, para que vocês, meus amados, abram-se para sentir a inspiração de nosso Mestre e musa, de sua Shakti e musa, dos devas musas, deste lar maravilhoso que é a musa mais bonita que podes
encontrar. (...). Desde o inocente coração, encontremos não idéias maso musas. Sim, abra-te a conectar e descobrir tuas musas. Geralmente as musas chegam com situações belas que visitam ao habitante cósmico dentro de nós, e assim fluem as mais maravilhosas idéias e percepções.

(...) No se perdam as musas, não te confundas com tua gula por objetos materiais, não te confundas com
tua insaciável sede de objetos, abre-te à infinita graça de Deus, e que as musas dancem em teu coração. (...) Sente como dança com seus pés de lótus... sente como sopram esperança em teu coração... sente, danças?  Que dancem as musas e que a beleza e o amor corram livres por esta Pachamama!!! 

Esperando a musa, inocente e eufórico,
Lucidor

Donde danzan las musas

Na mitologia grega, as 9 musas eram filhas de Zeus (rei dos deuses, deus do céu e do trovão) e de Mnemosine (deusa personificadora da memória). O templo das musas era o Museion, que deu origem à palavra museu, lugar onde guardamos obras de arte e relíquias da história.

As musas são para o homem as inspiradoras da criação. Elas fazem o contato entre o divino e os seres humanos inspiradno os poetas e proporcionando aos homens, através da poesia, o conhecimento do Eterno.

Dançar com as musas é permitir-se sentir essa inspiração, essa leveza que leva ao conhecimento do sagrado. A verdadeira religião dos homens é a arte. É ali, da criação de beleza, da louca expressão, que nossa sensibilidade se aflora. Com essa flor brotada no coração podemos, sim, partir para um caminho espiritual de vida, ou seja, para uma vida sensível.

Buscamos dividir com vocês, amados, um pouco da experiência de poetas que foram inspirados e, assim, a também nos inspirarmos e entregarmos nossa arte de volta ao mundo, como um presente das musas.