sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ode a um homem sensivel

um presente de Esmeralda Molina


Voy a contarte en secreto
quién soy yo,
así, en voz alta,
me dirás quién eres
(quiero saber quién eres)
cuánto ganas, en qué taller trabajas,
en qué mina,
en qué farmacia,
tengo una obligación
terrible
y es saberlo,
saberlo todo:
día y noche saber cómo te llamas,
ése es mi oficio,
conocer una vida
no es bastante
ni conocer
todas las vidas
es necesario,
verás,
hay que desentrañar,
rascar a fondo
y como en una tela
las líneas ocultaron,
con el color, la trama
del tejido,
yo borro los colores
y busco hasta encontrar
el tejido profundo,
así también encuentro
la unidad de los hombres,
y en el pan busco
más allá de la forma.
Me gusta el pan,
lo muerdo,
y entonces
veo el trigo,
los trigales tempranos,
la verde forma
de la primavera,
las raíces, el agua,
por eso
más allá del pan,
veo la tierra,
la unidad de la tierra,
el agua,
el hombre,
y así todo lo pruebo
buscándote
en todo,
ando, nado, navego,
hasta encontrarte,
y entonces te pregunto
cómo te llamas,
calle y número,
para que tú recibas
mis cartas,
para que yo te diga
quién soy y cuánto gano,
dónde vivo,
y cómo era mi padre.

Ves tú qué simple soy,
qué simple eres,
no se trata
de nada complicado.
Yo trabajo contigo,
tú vives, vas y vienes
de un lado a otro,
es muy sencillo,
eres la vida,
eres tan transparente
como el agua,
y así soy yo,
mi obligación es ésa:
ser transparente,
cada día
me educo,
cada día me peino
pensando como piensas,
y ando
como tú andas,
como, como tú comes,
tengo en mis brazos
a mi amor
como a tu novia tú,
y entonces
cuando esto
está probado,
cuando somos iguales,
escribo,
escribo con tu vida
y con la mía,
con tu amor y los míos,
con todos tus dolores
y entonces
ya somos diferentes
porque, mi mano
en tu hombro,
como viejos amigos
te digo en las orejas:
no sufras,
ya llega el día,
ven, ven conmigo,
ven con todos
los que a ti se parecen,
los más sencillos.
Ven, no sufras,
ven conmigo,
porque aunque
no lo sepas,
eso yo sí lo sé:
yo sé hacia dónde vamos,
y es ésta la palabra:
no sufras
porque ganaremos,
ganaremos nosotros,
los más sencillos
ganaremos,
aunque tú no lo creas,
ganaremos.

Pablo Neruda

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Um poema de Rumi


"Alguém bateu à porta da Bem-Amada, e uma Voz lá de dentro perguntou:
- Quem está aí?
E ele respondeu - Sou eu.
A Voz então disse:
- Esta casa não conterá nós dois.
E a porta continuou fechada.
Então o Amante foi para o deserto e na solidão jejuou e orou.
Retornou depois de um ano e bateu novamente à porta.
E de novo a Voz perguntou:
- Quem é?
E o Amante respondeu:
- És tu mesma!
E a porta lhe foi aberta".
                                                                 (Jalaluddin Rumi)


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Poesia Mística

Salve irmãos e irmãs!
É um imensa alegria escrever para este Blog por Donde dançam las musas, e gostaria de trazer para vocês uma arte que toca mui especialmente a minha alma, me refiro a poesia mística.
Há muito pouco tempo escrevo poesia, foi algo que foi se depurando em mim, simultaneamente com minha busca espiritual, e comecei a escrever poesia, primeiro por sugestão de Mestre Lucidor, depois, por uma necessidade de expressão da devoçao que crescia em meu peito e que o Mestre do Coração, houve por bem encaminhar-me para a poesia em particilar. 
Comecei a escrever poesia sem ter lido poemas antes e só um tempo depois (ao ler outros poetas) descobri que o que escrevia se assemelhava à poesia mística porque falava de minha ânsia por Deus e da minha busca por transformação.
Portanto, a poesia mística é aquela que nos coduz ao encontro com Deus, ao mesmo tempo em que provoca a transformaçao do ser. Para mim, a poesia mística tem sido este alimento espiritual que minha alma tanto gosta e aprecia; tem sido um canal de espiritualidade e resgate do Eu Sou.
Há vários poetas místicos, como Rumi, Tagore, Kabir, Fernando Pessoa, San Juan de la Cruz.
E não precisamos ir longe, pois nosso Mestre também é um poeta místico. Os deixo, hoje, com o sua poesia:
A tus ojos cansados les traigo una visión
de un mundo diferente,
tan nuevo y limpio y fresco
que olvidarás el dolor y la pena
que veías antes.
Pero esta es una visión
que debes compartir
con todos cuantos ves,
de lo contrario no la contemplarás.
Dar ese don es el modo de hacerlo tuyo.

Dar este don es el modo,
la senda pra facer tuya a Pachamama, a Cristo, al Señor...
Da este don, compartelo, pasalo a tus
amigos, dale luz...
Lucidor
Com amor, 
Nuit Sandoval 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

as belezas das Shaktis...

Harmonia Shakti e Shiva
Shiva é a mais elevada das criaturas,Parvati é o mais sublime dos ideais.
Shiva é o cérebro,Parvati é o coração.
O cérebro fabrica a luz, o coração produz Amor.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
Shiva é forte pela razão,Parvati é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
Shiva é capaz de todos os heroísmos,Parvati de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
Shiva é um código, Parvati é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
Shiva é um templo,Parvati é o sagrado.
Ante o templo nos descobrimos, ante o sagrado nos ajoelhamos.
Shiva pensa, Parvati sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva. Sonhar é ter na fronte uma auréola.
Shiva é um oceano,Parvati é um lago.
O oceano possui a pérola que adorna; o lago, a poesia que deslumbra.
Shiva é a águia que voa,Parvati o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço,cantar é conquistar a alma.
Enfim, Shiva está colocado onde termina a terra e Parvati onde começa o céu!!!!!!!

Om Guru Deva Shaktis!
soo

sábado, 2 de abril de 2011

una de carlos Drummond de Andrade........

Hoje te traigo, este pedazo de vida, con Carlos Drummond....bah....belisima, exata......e o coração esta aqui, en esta noite de ceu estrelado, en latinoamerica, o coração esta vivo, doi ama.........respira............
o Poeta nacio en Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro,e partio pela porta do grande misterio el 17 de agosto de 1987.Mas,isso e somente estadistica, para la mente racional, mas o hamsa do coração valora , flores poeticas unicas como estas:
“Amar um passarinho é uma coisa louca/ Gira livre na longa azul gaiola/ que o peito me constrange/ enquanto a pouca liberdade de amar logo se evola... O passarinho baixa a nosso alcance/ e na queda submissa o vôo segue/ e prossegue sem asas, pura ausência” (Sonetos do pássaro - trecho)
bah....como se diz en o universo magico gaucho......e como ondas de suave comprensao...........é como un sonriso de velho, como un ceu de palavras verdes, robustas...e leves.....
lucidor
PS; esta poesia tambein adoro...........




ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU
Carlos Drummond de Andrade

Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.


PS:http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=7giS8Mj90wQ#t=62s